segunda-feira, junho 19, 2006

Cambodja - continuação


Depois de Angkor, seguimos para a capital, bem mais agitada e complicada. Nem mesmo os locais se safam a atravessar as estradas...
Ao chegarmos ao nosso alojamento, começou o tempo a mudar...
Fomos descansar para a "sala de convívio" que era por cima de um lago onde tudo estremecia.

No dia seguinte fomos dar um passeio pela cidade e ver os pontos turísticos...

"O passeio de ontem começou pelos campos de morte. É um pouco difícil descrever as sensações que se tem ao entrar no mundo do Cambodja. Vários buracos no chão (valas comuns) foram escavados onde encontraram mais de oito mil esqueletos, vários ossos espalhados pelos buracos, pedaços de roupa... Logo à entrada estão os crânios encontrados. São demasiados e todos deformados das pancadas que levaram à sua morte." - transcrição do meu diário de viagens.

É impressionante o desprezo que o ser humano por vezes tem pela vida humana... estes crânios estão cheios de buracos... de balas pensei eu. Nem uma morte rápida estes pobres coitados tiveram... as balas eram demasiado caras para gastar com eles... os buracos eram de coronhadas...

Para desanuviar um pouco nada como fazer compras no mercado russo. Era pequeno, muito concentrado e confuso mas fizemos algumas compras, claro!

Logo depois foi o pior de toda a história dos Khmer Vermelhos.

A escola que foi transformada em prisão, Tuol Sleng Museum (S-21), "onde grandes torturas foram feitas. Vimos várias salas de aula transformadas em salas de tortura ainda com os objectos ou em cima da cama ou no chão, outras salas eram celas, tendo sido construídas divisórias minúsculas para cada preso. Vimos também muitas fotografias... demasiadas e muitas explicações de como eram feitas as torturas. Foi preciso respirar fundo várias vezes... o mais difícil foi ver fotografias de crianças... antes e depois das torturas... tudo fotografado.... Muito difícil de engolir. Saímos sem dizer nada..." - diário de viagens.

Havia quadros com explicações de como matavam as crianças...

Pelas paredes da escola, aliás, prisão, havia regras de funcionamento para os guardas torturarem os prisioneiros...

Depois desta visita, complicada, fomos ver o Palácio Real.

Muito parecido ao da Tailândia, em ponto pequeno. Muito bem arranjado, limpo e calmo, um grande constraste com o resto do país.

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