quarta-feira, abril 19, 2006

Refúgio


Vou abrir um pouco o portão verde do meu refúgio, para que a brisa quente e suave entre e me aconchegue.
Vou abrir também para que as minhas palavras se soltem e corram feitas doidas porta fora e se deslumbrem com o mundo lá fora!
Há tanta coisa por explorar, para dizer... mas as minhas palavras vão sendo levadas pelo vento, conforme vão saindo por este portão, começam a voar em várias direcções.
Umas têm medo e recolhem-se na esperança que o vento não as veja e não as leve, outras gritam fortemente para que sejam conduzidas para parte incerta... ou talvez não seja tão incerta assim... outras palavras são tão pesadas que só um tornado as levará. Há ainda as palavras que apenas espreitam pelo portão e não saem, são as que transportam a palavra Saudade.
Saudade do passado, saudade do presente e saudade do futuro... qual deles o mais complicado? A do passado sem dúvida, a que tento arrumar na prateleira.
As saudades do presente são boas e fazem bem à alma, são vividas intensamente e com um grande sorriso nos lábios.
As saudades do futuro também podem ser complicadas, esperamos por algo que pode nunca chegar... não se sabe...
Tenho saudades...

Sem comentários: